dia internacional da poesia
Todo Dia É Dia D
Poesia Todo Dia
poesia do corpo
nasce entre a carne a medula o sangue a nervura da alma e a escridura dos ossos onde posso dizer o que sinto posso sentir o que posso nem sempre a palavra vale quanto pesa nem sempre um poema cabe pleno numa reza palavra as vezes fica perdida na memória não flui no consciente em complemento da história
nem tudo que é belo
angra
a flor do mangue
ainda sangra
Artur Gomes
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brazilha
1968
tantas vezes
estive nessa ilha
que não é de vera cruz
muito menos santa
assim mesmo
abracei a catedral
para beijar seus mortos
mesmo sem crer em salvação
nos canteiros de obra
durante a sua construção
Artur Kabrunco
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jura não secreta 19
fulinaimicamente ereto
eu nasci concreto
quero dizer que ainda arde
tua manhã em minha tarde
a tua noite no meu dia
tudo em nós que já foi feito
com prazer inda faria
quero dizer que ainda é cedo
inda tenho um samba-enredo
e tudo em nós é carnaval
é só vestir a fantasia
quero ser teu mestre-sala
e você porta/bandeira
quando chegar na quarta-feira
a gente inventa outra fulia
Artur Gomes
Juras Secretas
Editora Litteralux – 2018
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linda homenagem de Angel Cabeza à poeta Maria Tereza Horta
O mundo não precisa de nós, mas nós precisamos do humano.
Ontem, foi-se mais uma expoente, dessa vez a portuguesa Maria Teresa Horta, brava lutadora.
Combateu a ditadura com a maior e mais forte de todas as espadas, a poesia.
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Morrer de amor
Morrer de amor
ao pé da tua boca
Desfalecer
à pele
do sorriso
Sufocar
de prazer
com o teu corpo
Trocar tudo por ti
se for preciso
*
Arrebatada
Ninguém me castra a poesia
se debruça e me põe vendas
censura aquilo que escrevo
nem me assombra os poemas
Ninguém me apaga os versos
nem me amordaça as palavras
na invenção de voar
por entre o sonho e as letras
Ninguém me cala na sombra
deitando fogo aos meus livros
me ameaça no medo
ou me destrói e algema
Ninguém me aquieta a escrita
na criação de si mesma
nem assassina a musa
que dentro de mim se inventa
Ninguém me cala na sombra
deitando fogo aos meus livros
me ameaça no medo
ou me destrói e algema
Ninguém me aquieta a escrita
na criação de si mesma
nem assassina a musa
que dentro de mim se inventa
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O sax na voz da palavra dentro do poema
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o impulso aqui não é pouco o espírito grita dentro do corpo deliro feito louco de tanta sede e fome como quem não vive em paz como quem não come há muitos séculos atrás
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em armação de búzios
tenho um amor sagrado
guardado como jura secreta
que ainda não fiz para laís
em teus cabelos girassóis de estrelas
que de tanto vê-las o meu olho vela
e o que tanto diz onda do mar não leva
da areia da praia onde grafei teu nome
para matar a sede e muito mais a fome
entranhada na carne como flor de lotus
grudada na pele como tatuagem
flutuando ao vento como leve pluma
no salgado corpo do além mar afora
sargaço em tua boca espuma
onde vivem peixes - na cumplicidade
do que escrevo agora
*
concepção produção e direção
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Artur Gomes
Fulinaíma MultiProjetos
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ainda estamos aqui
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