No próximo dia 9 estarei em Campos autografando meus livros Juras Secretas e O Poeta Enquanto Coisa na festa de aniversário de um grande amigo parceiro, dos tempos em que no Estado do Rio de Janeiro, havia Festivais de Música em cidades como Campos, São Fidélis, Itaocara, Macaé, Miracema, Santo Antônio de Pádua e por aí vai.
Lei mais no blog
https://coletivomacunaimadecultura.blogspot.com/2022/03/o-poeta-enquanto-coisa.html
Nessa noite o meu amigo estará lançando o seu primeiro CD, onde estou presente em duas parcerias: Águas Claras e Qualquer Luz. Um outro grande parceiro Paulo Ciranda, também está nesse CD, com Estrelas. Tenho certeza que será uma grande surpresa os meios musicais Campistas.
Clic no link para ler o e-book O Homem Com A Flor Na Boca – de Artur Gomes produzido por Jiddu Saldanha
pisei em algas podres
ontem nas areias de Manguinhos
queimaram as solas dos meus pés
peixes morrem envenenados
nem precisam comê-las
o calor nas águas provocados
pela decomposição se incumbe
de mata-los
Artur Gomes Fulinaíma
www.fulinaimargem.blogspot.com
ontem gargaú
hoje buena
vida plena
nas asas da poesia
algaravia em meu pedal
estrada que vai dar no mar
estou me guardando para o carnaval
Federico Baudelaire
www.fulinaimacentrodearte.blogspot.com
por onde andará macunaíma
era uma vez um mangue
por onde andará macunaíma
na sua carne no seu sangue
na medula no osso
será que ainda existe
algum vestígio de Macunaíma
na veia do seu pescoço?
Artur Fulinaíma
www.coletivomacunaima.blogspot.com
o poeta
antes um tigre
me enfiava as patas
me doía
ontem o poeta
me enfiava a língua
enquanto eu chupava
ele me lambia
Rúbia Querubim
www.ciadesafiodeteatro.blogspot.com
O LEÃO
em meu peito há um leão que urge
mas eu lhe digo: — fique quieto leão!
e no segundo seguinte que surge
não me seguro diante do não
e o cutuco no coração para que ruge
e lhe digo novamente — fique quieto leão!
e o leão, agora bravo,
não me escuta diante do maltrato
e lhe digo gentilmente: — fique calmo leão!
só que sempre em frente ao perigo eminente
sei muito bem aquilo que fatigo por contente...
próximo ao poente, camuflado entre a giesta
o rei da floresta, carente de afago e amigo
organiza a seresta do estrago comigo...
em recuo arrependido eu me digo:
— não se cutuca o leão!
você nunca aprende esta lição
Jéssica Iancoski
uma galocha velha
se embrenhando em terra de mato, rio de gente
que eu nunca tiro
tiro!
e cuido dos pés
indeterminadamente
enquanto reedito
os mapas
Clara Baccarin
Coador de café
café coado na calcinha
com cheiro que vem de Fescênia
e deixa o poeta tonto, tonto
da cafeína e do cio da menina
talvez seja o cheiro de torrado
a fazer o poeta espirrar
sacas e sacas de grãos
com o cheiro daquele lugar
a mãe costumava dizer:
“cuidado com aquelas garotas
que costumam coar café na calcinha
dessas não consegue se escapar
nem pela porta da cozinha”
mas conselho foi feito para não seguir
e o poeta foi atrás de outras minas
o coitado virou refém do café
e do coador em formato de calcinha.
Linaldo Guedes
Fulinaíma MultiProjetos
Nenhum comentário:
Postar um comentário