a transa as tralhas os truques
para abalar os murais
desse coreto
menos flayer mais panfleto
minha rima mallarmétrica
romance idílico com a musa
para os meandros
engenhosos
da poética
grafitei meu nome em tua blusa
cai o pano :
nenhuma surpresa
pratos vazios sobre a mesa
do outro lado do mar
marés maresia frutas podres
no mercado
do outro lado do amor
esse poema inacabado
festa ferro fogo
lance de dedos é só um
lance
lance de dados um jogo
tripa trepa tropa a língua que me trampa
não é a mesma que me trapa
a língua que me trepa
é da mulher que me maltrata
pohermetos
para
Claudinei Vieira
brincando com a língua
a gente transa
desconcertos
faca paca pata rapa
cuidado para não quebrar a
língua
e entregar a cara à tapa
nessa
pedra me abstenho
nessa
pedra me abstrato
não
concreto o que não tenho
nem des(calço)
o teu sapato
o cateto na hipotenusa
a hipotenusa no cateto
o som dessa flauta me
parece
sinfonia do Hermeto
essa minha obsessão
por beleza na ternura
abstrata no concreto
vem da plasticidade
de uma nova arquitetura
o poema quanto custa
nas
veredas do atalho
quanto
trabalho
dá
para entender
as
cartas do meu baralho ?
esse bandido
levou-me os fios de cabelo
roubou meus sonhos
e transformou em pesadelos
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