terça-feira, 5 de outubro de 2021

foi baudelérico

       


                                                 Poema 8

  

                                                                      o dia que não te vi

foi baudelérico

a noite que não beijei sagaranagem
quando vi e não me viu não entendi
porque o  amor não foi selvagem

 

quando beijei e não sentiu
só mallarmélico

para escrever o que ainda
está por vir quando delírico

 

  O Homem Com A Flor Na Boca

 amoras : ame-as ou devoras Isadora ou me decifra ou juro que vou embora aqui nem só jabuticabas florescem nesses meus enredos a terra ancestral do meu sangue   amoras roçam as palhas da cana caiana doce carne  das frutas a flora na flor dos mangues  em mim são  cajás e são mangas como a   carne do corpo laranjas bananas siriguelas o agridoce das pitangas  como quem goza na multicor das aquarelas 


eu não queria

selfie servisse nem aquilo

nesse tempo embaraçado

nesse país intranquilo

regido a golpe de estado

                   

                                   mini conto - a faca

poesia não é manchete de jornal para espremer escorrer sangue - mas   poema não pode ser facada que entra na carne mas não sangra como aquela em Juiz de Fora que até agora ninguém me explicou se o melodrama estava ali e não vi Adélio no curral do tal comício palanque armado para levar o brazyl a uma quaderna - pra fazer do brazil um   precipício


última ceia

 

do peixe vamos comer

somente espinha

na rapadura com farinha

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